Escritórios tradicionais têm investido em tecnologia novos modelos de trabalho para melhorar produtividade e reduzir custos, por Danylo Martins.


Novos formatos de trabalho

Desde 2009, o JBM Advogados, de São Paulo, investe em automação e novos formatos de trabalho. Também pudera: especializado em contencioso de massa (defesa de empresas com grande número de processos parecidos), o escritório começou com 90 mil processos em 2008, número que cresceu substancialmente de lá pra cá, chegando a atingir 350 mil processos em carteira e 10 mil audiências por mês.

O jeito foi mudar a forma de trabalhar: da organização tradicional em células, os profissionais passaram a atuar em um modelo de esteiras de trabalho, como controle de processos, ação nova, tutela, auditoria, entre outras. “Tinha muita repetição de atividades. Com o modelo de esteiras, a partir de 2012, tivemos pelo menos de 35% a 40% de redução de custos”, conta Renato Mandaliti, sócio do Mandaliti Advogados.

O passo seguinte foi começar a investir em inteligência artificial. O motivo? Entre 68% e 72% de todas as atividades executadas no escritório não eram tarefas prioritárias de advogados, por exemplo, recolher custas e encerrar processos. “Eram tarefas que representavam um volume grande de trabalho”, afirma Mandaliti. Dessa constatação nasceu, em 2013, a Finch Soluções, uma das primeiras legaltechs ou lawtechs no Brasil, como são chamadas as startups do setor jurídico.

O negócio teve origem dentro do JBM Advogados, mas caminha com as próprias pernas. Hoje, atende departamentos jurídicos de grandes empresas e escritórios de advocacia. Segundo Mandaliti, existem duas grandes aplicações de IA: leitura, intepretação e classificação de documentos, como atas de audiências, e extração de padrões a partir de situações que se repetem. Com mais de 800 funcionários distribuídos em um escritório em São Paulo e uma operação de tecnologia em Bauru, a startup busca diminuir a distância entre o setor jurídico e a tecnologia.

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